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Saiba tudo sobre os 3 principais sítios arqueológicos maias da Guatemala: Tikal, Iximche e Yaxhá

O passado pode revelar uma complexidade que muitas vezes não conseguimos compreender no presente. Um mergulho na história da Guatemala traz à tona muito mais do que qualquer livro de história pode ensinar. Visitar algumas das principais ruínas do terceiro maior país da América Central é ampliar a compreensão sobre a ocupação do continente e a sabedoria dos povos originários. 

Banhada tanto pelo oceano Atlântico como pelo Pacífico, a Guatemala destila uma história vívida entre lagos e vulcões, deixando os visitantes maravilhados com o quanto há para saber e quão pouco eles sabiam até então. Não seria exagero dizer que viajar por este país significa adentrar a esfera mais bonita do conhecimento. Entenda mais a fundo os três principais sítios arqueológicos maias da Guatemala: Tikal, Iximche e Yaxhá. 

Tikal

Para alguns a mais bela ruína deixada pela civilização maia está no Parque Nacional de Tikal. O vibrante cenário da mata ao redor ajuda a criar um astral ainda mais impactante para os templos piramidais que alcançam até 44 metros de altura. Pense na complexidade de construir este tipo de estrutura entre 682 e 734 d.C. A obra é um feito de Jasaw Chan K’awiil, um dos principais governantes de Tikal.

Depois da sua redescoberta, no fim do século 19, os templos foram parcialmente restaurados e as várias praças foram limpas de árvores maiores e trepadeiras. Andar de um edifício para outro obriga os visitantes a cruzar uma densa floresta tropical, em meio aos aromas da terra e da vegetação. Não se espante se cruzar ali uma fauna acostumada com visitantes, como macacos, raposas e araras. 

Distante 480 quilômetros por terra da Cidade da Guatemala, pode-se chegar a Tikal em 8 horas de ônibus ou então voar para o aeroporto de Flores. Segundo vários estudiosos, os maias foram os inventores do conceito de abstração matemática. Com sua aritmética, faziam cálculos astronômicos de notável exatidão. Monitoravam com precisão os movimentos do Sol, da Lua, de Vênus e provavelmente de outros astros. Isso tudo fica muito claro em Tikal.

Estas estruturas eram dedicadas aos deuses e não serviam como residência. Uma mesma cidade podia ter até dez pirâmides, dependendo da área. Um aspecto intrigante sobre Tikal é que não se sabe ao certo o que causou seu fim. Em 950 DC, a cidade já estava totalmente abandonada. Há quase um consenso entre os historiadores de que a seca e o desmatamento contribuíram para isso. Mas não se sabe com exatidão. Em 2021 arqueólogos descobriram uma nova estrutura coberta pela vegetação

Tikal

Iximche

A grandiosidade e a amplitude de Iximche impressionam. Localizado no planalto ocidental da Guatemala, especificamente em Chimaltenango, este sítio arqueológico chama a atenção principalmente pelo fato de que desde sua fundação, em 1470, até seu abandono em 1524, foi a capital do reino maia kaqchikel.

Nos tempos pré-colombianos, o povo Kaqchikel estava intimamente ligado ao povo kiche. No entanto, após uma série de conflitos entre os dois povos, os kaqchiquel fundaram sua própria capital em Iximche.

Diferentemente do que aconteceu em Tikal, esse povo maia permaneceu neste território até a chegada dos espanhóis, em 1524. Desde sua chegada, os espanhóis batizaram o local de Guatemala, que significa lugar de muitas árvores. Mais tarde, acrescentaram o nome de Tecpán, que pode ser interpretado como “palácio”, na língua original. Assim, o nome da nova cidade foi traduzido como “palácio entre as árvores”.

No entanto, os espanhóis só ficaram lá até 1527, se mudando depois para o Valle de Almolonga onde fundaram uma nova cidade, hoje conhecida como Ciudad Vieja. Já os kaqchiquel se dispersaram para outros territórios, razão pela qual se diz que Iximche foi a última capital maia e a primeira capital espanhola.

Mais tarde, Iximche tornou-se um importante sítio arqueológico devido à sua história e em 1960 suas ruínas foram declaradas monumento nacional. Hoje ainda é considerado um local cerimonial para os povos indígenas da região. Não deixe de visitar o museu com exposição de artefatos recuperados ali. Ajuda, e muito, a visualizar a complexidade da cultura maia.

Iximche

Yaxhá

O nome “Yaxhá” significa água verde e seu nome vem por estar próximo ao famoso lago homônimo. A mata densa ao redor também ajuda a dar sentido a este sítio arqueológico departamento de Petén, descoberto em 1904 pelo explorador italiano Teoberto Maler, após uma viagem para descrever a região.

Depois dele, muitos arqueólogos descreveram o assentamento como uma série de nivelamentos artificiais que encontram seu ponto mais alto no extremo leste e compõem um dos melhores exemplos do urbanismo maia. Essa formação é caracterizada por mais de 500 edifícios em grupos de hierarquia diversa que se conectam por cinco pistas e diferentes estradas pavimentadas.

Vários registros indicam que a população chegou a algumas dezenas de milhares de pessoas, evidenciando o desenvolvimento da organização sociopolítica e arquitetônica. Muitos consideram que Yaxhá foi uma cidade importante a nível político, afinal em seu território existem pelo menos 60 estruturas, nem todas religiosas. Segundo a epigrafia, muitas dessas peças serviram como elemento de demonstração de poder. 

Após sua descoberta, mais algumas visitas foram feitas por outros exploradores curiosos. Contudo, ficou abandonado por muitos anos e exposto a diferentes fatores de deterioração. Infelizmente, desde sua descoberta até a década de 1990, muitas das peças foram retiradas ilegalmente. Ainda assim, essa é uma das grandes joias da Guatemala e vale muito a pena ser visitada. 

Yaxhá

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