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7 atividades imperdíveis para fazer no Noroeste da Argentina (NOA)

Sempre que uma nova viagem surge no horizonte você se pergunta o que vai encontrar e o que não pode deixar de ver. Resolvemos listar aqui 7 coisas que você não pode deixar de fazer no Noroeste da Argentina, o chamado NOA. A região ao redor das cidades de Salta, Jujuy e Cafayate abriga uma infinidade de atrações e nem sempre é fácil conciliar tudo com o tempo que você terá disponível. E já que invariavelmente será preciso escolher, elencamos aqui 7 lugares especiais no Noroeste da Argentina (NOA).

1. Quebrada de Humahuaca

Você vai ouvir falar muito desse lugar e logo entenderá que está na lista dos inevitáveis, para não dizer “obrigatórios”. A partir do mirador de Hornocal, a 4.170 metros de altitude, você começa a sacar o que faz desse horizonte tão especial. 

A Quebrada de Humahuaca é um gigantesco cânion formado pelo degelo no alto das montanhas andinas no norte da Argentina. Desde 2003 foi classificado como Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade pela Unesco e faz jus ao título. 

Delicado, o vilarejo de Humahuaca daqueles que parecem ter parado no tempo com simples ruas de terra ou paralelepípedo, casinhas de adobe ao redor de uma pequena praça central. Cenário de várias batalhas na Guerra da Independência liderada por San Martín, a quebrada era uma espécie de corredor para as tropas reais espanholas que desciam da Bolívia para a Argentina. Um antigo refúgio próximo do vilarejo, conhecido como La Posta de Hornillos, alguns quilômetros ao sul, virou um bom museu, que conta a história dos que ali ficaram hospedados.

2. Ruínas de Pucará

Os museus históricos e arqueológicos da região são festejados, principalmente em Tilcara – a capital arqueológica da província de Jujuy – onde foi encontrado um imenso sítio arqueológico, as Ruínas de Pucara. 

Em Quéchua a palavra significa “fortaleza” e essa grande cidade pré-colombiana chegou a ter mais de 1.500 habitantes vivendo em casas de pedras geminadas, com vigas de tronco e base de argila. A atividade principal desse povo era o pastoreio de lhamas e a agricultura, na estrutura ainda são visíveis os currais e as plantações. 

Foram encontradas ossadas, sempre em posição fetal e depositadas em urnas redondas, junto a outros artigos pessoais, como roupas e pertences pessoais. Os arqueólogos demonstram que este povo provavelmente acreditava em uma forte ligação entre a vida física e espiritual.

3. Cerro de los Siete Colores e Purmamarca

Sem dúvidas um dos cartões-postais geológicos mais famosos da Argentina. Surreal e um tanto psicodélica, a superfície desta montanha incomum parece ter sido pintada com múltiplos tons, quase de maneira artesanal. Porém, é tudo resultado de milhões de anos de ativas sedimentações marinhas, lacustres e fluviais. 

O melhor horário para ver e fotografar os matizes do Cerro de los Siete Colores em sua total vivacidade é logo pela manhã, com os primeiros raios de sol. A luz matinal direta realça cada tom e justifica a visita. Um dos melhores mirantes para avistar fica na Ruta 52, diante da entrada do vilarejo de Purmamarca. 

Por sinal, Purmamarca é uma delicada relíquia histórica e Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Em quéchua seu nome quer dizer “Cidade da Terra Virgem” e sua arquitetura conservada, com casinhas de adobe e palha vale a passagem. O centrinho tem uma vida turística agitadinha de dia, com feira de artesanatos, mas pela noite é muito tranquilo, sendo uma excelente opção de pernoite.

4. Salinas Grandes

Um lugar que provoca os olhos pela imensidão do horizonte branco que os olhos não conseguem definir onde termina. Terceiro maior deserto de sal da América Latina, as Salinas Grandes não são tão gigantescas e impressionantes quanto seu “primo grande”, o Salar de Uyuni, na Bolívia. Mas certamente encantarão. 

A uma altitude de 3450 metros acima do nível do mar (sim, beba muuuuita água e ande devagar para não ficar sem fôlego), a formação da salina ocorre por conta da grande concentração de sais minerais que escorrem da Cordilheira dos Andes. Purmamarca, a 72 quilômetros, é uma ótima base para visitar esse patrimônio natural argentino. Um cenário um tanto enlouquecedor por sua infinita planície branca, capaz de fazer perder um pouco a noção de direção e espaço. Ainda assim é preciso aproveitar, porque estar em um salar é uma das experiências mais mágicas que um ser humano pode ter na natureza. No verão, com a água das chuvas acumuladas, a paisagem se torna um imenso espelho e fica ainda mais deslumbrante. E na dúvida, pode passar a mão no chão, pegar um punhado, lamber e comprovar: é sal mesmo!

5. Quebrada de Las Conchas

Haja formação geológica para ainda se surpreender depois de alguns dias. Pois bem, a Quebrada de Las Conchas é capaz disso. A 90 quilômetros de Salta ou a 40 quilômetros de Cafayate, vale parar para visitar esse cânion esculpido pelas chuvas e ventos ao longo de milhões de anos. 

As surpreendentes formações rochosas da Quebrada de las Conchas ou Valle de las Conchas, como também é chamado, merecem pelo menos uma manhã. Rochedos imponentes de arenito de tom bem avermelhado que parecem ter sido esculpidos à mão cercam cânions, vales e depressões com pontos verdes e criam uma paisagem quase não parece pertencer ao nosso planeta.

Entre os pontos mais famosos estão a Garganta del Diablo, Las Ventanas e El Obelisco. Já o Anfiteatro funciona quase como uma fenda natural de acústica perfeita – aproveite para soltar os pulmões e se escutar como em nenhum outro lugar.

6. Rota do Vinho – Vinhos de Altitude

Além das paisagens naturais fascinantes, Cafayate também é muito procurada pelos amantes do enoturismo. A cidade é envolta por parreirais e bodegas que oferecem degustações e explicações detalhadas sobre cada etapa da produção dos seus vinhos. 

O que torna esta região vinícola é seu terroir único, muito por causa da alta altitude e farta luminosidade. Ali estão algumas das mais altas vinícolas do mundo. Os chamados vinhos de altitude são cultivados entre 1.700 e mais de 2 mil metros, em plantações que se beneficiam dessa mescla curiosa de terra semidesértica, com pouquíssima chuva e cerca de 300 dias de sol por ano. 

Essa complexidade toda você entenderá no Museo de la Vid y el Vino, que narra a história da produção dos vinhos da região e descreve as particularidades do terreno e do clima. E claro, um sem-fim de possibilidades de degustação em bodegas festejadas, como Colomé, Porvenir, San Pedro de Yacochuya,  Etchart e Casa de la Bodega.

7. Tilcara

Ao norte de Purmamarca e também na província de Jujuy, a cidade de Tilcara ostenta o título informal de capital arqueológica da Argentina . A quase 2.500 metros acima do nível do mar, Tilcara é lar das famosas ruínas de Pucará, que detalhamos mais acima. 

Mas a cidade vale como destino em si, por ser um vilarejo tradicional com um quê descolado, com lojas de design, restaurantes de comida de chef, pousadas charmosas e até uma livraria-café. Comparado com a rusticidade de Purmamarca, Tilcara é quase um Soho.

A cidade é famosa por seus eventos, como a Festa de Pachamama (a Mãe Terra, na crença do povo quéchua) no dia 1 de agosto. Se der sorte de estar ali na época, testemunhará um grande ritual, com oferenda de alimentos, sementes, vinhos em forma de agradecimento à natureza por todo o acolhimento e nutrição. Devoção em estado bruto.

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