Muita gente sabe que Alter do Chão é um distrito do município de Santarém, no Pará, na margem direita do Rio Tapajós, um dos principais afluentes do rio Amazonas. E se não sabe, o Google te conta. Mas existe uma dúvida recorrente em quem decide visitar a região. Qual a melhor época para visitar Alter do Chão? 

A resposta simples é: depende do que você quer ver e de quando você pode ir. Para encontrar as famosas praias de areia clarinha e água bem transparente em Alter do Chão, a dica é ir entre agosto e janeiro. E os motivos são vários. 

Agosto a janeiro

Esse período é chamado informalmente de “verão amazônico” por conta do tempo mais firme, calor e da seca dos rios. É aí que praias como a da Ponta do Cururu e da Ilha do Amor ficam no seu esplendor, com destaque para setembro e outubro. Nesse momento do ano você provavelmente estará em meio àquelas imagens de cartão-postal.

Infelizmente, junto com o mais cobiçado cenário também vêm as multidões. Não à toa essa é a alta temporada em Alter do Chão e – se puder, claro – vale evitar as férias de julho, principalmente os fins de semana. Especialmente nas faixas de areia que oferecem infraestrutura de restaurantes. Fique de olho também em feriados nacionais e estaduais – neste período atenção ao 15 de agosto, onde se comemora a adesão do Pará à Independência do Brasil. Se as águas baixam, o valor das hospedagens fica mais alto. Mas é sempre assim em qualquer destino turístico, a alta estação sempre tem seus prós e contras. 

Você pode sempre olhar o copo meio cheio e se organizar para um roteiro a bordo de confortáveis embarcações, que costuma driblar as aglomerações. O mais comum é que os comandantes levem seus passageiros a praias com poucas (ou nenhuma) alma viva por perto.    

Por outro lado, vale ficar atento ao calendário por um bom motivo. Em setembro costumam acontecer dois grandes eventos locais, a Festa do Sairé e o Festival dos Botos. Espere por ricas manifestações culturais, religiosas e folclóricas. Sem dúvidas um jeito de entender de perto as tradições de um Brasil com o qual o brasileiro do Sudeste raramente tem contato. 

Fevereiro a julho

Se não conseguir conciliar a sua disponibilidade de datas com esse período de julho a janeiro, fique tranquilo. As paisagens em Alter são lindas o ano todo, mas por motivos diferentes. E a época das cheias – chamada de inverno amazônico – também tem seus fascínios.  

Isso porque de fevereiro a julho a chuva cai e permite acessar incontáveis igarapés, o que é ideal para passeios de barco em meio à floresta. Muitas cabeceiras dos rios recebem temporais que podem fazer as águas subir de 6 a 8 metros. O resultado é claro, muda muito a paisagem, escondendo grande parte das praias.

Este é o melhor momento para avistar a abundante vida animal. Os bird-watchers, amantes da observação de aves, costumam ir à região exatamente nesse período para fotografar alguns dos pássaros mais raros e delicados do planeta. Frio de verdade não faz. As paradas para banho estão garantidas e a fartura de vida selvagem empolga. O ponto negativo talvez seja a chuva em si, que pode ser um pouco mais intensa. Mas acredite: testemunhar uma tempestade amazônica é uma experiência memorável.