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Como é viajar pelos rios Tapajós, Arapiuns e Amazo...

Como é viajar pelos rios Tapajós, Arapiuns e Amazonas zarpando de Alter do Chão?

Apaixonados pela Amazônia e por praia certamente já ouviram falar de Alter do Chão. Mas se você não sabe do que se trata, a gente te explica com muito prazer, além de águas transparentes e ótima comida. Há algumas décadas essa vila – que na verdade é um distrito do município de Santarém, no oeste do Pará – vem recebendo visitantes que descobriram que é possível conjugar a descoberta da floresta com tranquilidade praieira. 

Definitivamente Alter do Chão é um destino especial e demora pouco tempo para você ter certeza disso. A começar pelas águas, ou melhor, pela cor das águas. Essa é a única região amazônica onde você encontra os três tons de água: transparente no rio Tapajós; negra no Rio Arapiuns e barrenta no Rio Amazonas. Cada uma com suas particularidades, temperatura, vida selvagem. 

O mais comum é que os viajantes se hospedem na vila e optem por passeios de um dia, em formato de bate-volta para conhecer alguns dos principais pontos do entorno, como a Floresta Nacional do Tapajós (Flona), o Canal do Jari e as pontas de areia como a do Cururu e a do Muretá. Mas acredite: viajar embarcado é diferente e você pode manter um alto padrão de hospedagem. 

Entre os barcos que oferecem este tipo de serviço é preciso destacar três deles, pela ordem de tamanho, o Amazon Dolphin, o Belle Amazon e o Tupaiú. Respectivamente oferecem 11, 8 e 5 cabines duplas, com camas de casal ou beliches. São ideais para viagens de diferentes perfis, de famílias, passando por grupos de amigos até viagens corporativas. O ambiente vai inspirar todos os públicos. 

A primeira clara vantagem de uma viagem de barco pela região é a exclusividade. Até mesmo nos pontos mais concorridos é possível encontrar horários alternativos de visitação onde você raramente encontrará outros grupos de visitantes. Além disso, também percorrerá cantos que não estão nos principais pacotes vendidos na cidade. Estes desembarques exclusivos ajudam a criar uma impressão de “paraíso particular” que vai acendendo uma chama cada vez mais forte sobre a importância da preservação. 

Outro ponto alto: cabines próprias com vistas mutantes e sempre esplêndidas. Nada do marasmo da janela de um hotel. A cada amanhecer e entardecer, uma paisagem diferente emoldurada. Absurdamente confortáveis, as cabines contam com ótimas toalhas e roupas de cama, além de um indispensável ar-condicionado. Nos banheiros, ammenities produzidas com matérias-primas locais super bem perfumadas. 

Tá bom, já falamos das benesses das embarcações, mas e o que tem para fazer por lá? Pois bem, a cada dia a tripulação e o anfitrião organizam diferentes atividades. Em meio a navegações pelos igarapés e igapós você testemunhará a complexidade da nossa maior mata virgem, além de avistar animais como macacos, bichos-preguiça e um sem-fim de aves de incontáveis cores e tamanhos. Faça caminhadas ricas em biodiversidade e abrace uma sumaúma milenar. 

Visitaremos comunidades ribeirinhas que produzem alguns dos mais ricos artesanatos de toda a Amazônia. Cestos de palha colorida, colares de látex, miniaturas de animais em madeira e outros itens surpreendentes. Nessas pequenas vilas, com algumas dezenas de moradores, você vai conhecer os reais habitantes e guardiães da floresta, que lutam para garantir sua existência para as próximas gerações. 

Sobre sazonalidade você não precisa se preocupar, porque Alter do Chão tem atrativos o ano todo. Entre julho e dezembro é o chamado verão amazônico, que seca as águas e faz praias de areia clarinha brotarem por toda a margem dos rios. As águas translúcidas do Rio Tapajós tornam o visual especialmente encantador, ainda mais levando em conta que é possível avistar botos-cor-de-rosa e os botos-cinza, também conhecidos como tucuxi. 

De janeiro a junho os rios vão enchendo e transformando o cenário. Claro, acontecem mais chuvas, mas nada que impeça sistematicamente uma viagem. Com mais águas, as navegações nos igarapés são muito mais bonitas e é nesta época que se avista mais aves, sendo a predileta dos praticantes de birdwatching. Muitos moradores também recomendam os meses intermediários, como março e setembro, onde praias e floresta coexistem. 

Tanto na chegada aos barcos como a cada instante da viagem é comum ser mimado pela tripulação. Nos intervalos entre as atividades ou nos momentos de descanso e praia, espere ser surpreendido com petiscos regionais de dar água na boca. Sucos, refrigerantes, cervejas e caipirinhas de frutas com vodka ou cachaça estão sempre à disposição dos passageiros.

A gastronomia a bordo é de altíssima linha. Os sabores paraenses são únicos e o tucupi é o molho que permeia muitas receitas. Sem dúvidas os grandes destaques são os peixes, como tambaqui, pirarucu, filhote e surubim. Tanto em churrascos na praia quanto em belos preparos na cozinha. Também há opções de carne, frango ou vegetarianas, no almoço e no jantar. O menu base é personalizado a cada navegação de acordo com as possíveis restrições informadas previamente e preferências de cada grupo. 

Enfim, eis uma viagem extremamente singular e acompanhar do convés as mudanças de paisagem, o movimento das nuvens e do sol, as transformações de cores são momentos de uma riqueza sem igual. As paradas solitárias, muitas vezes apenas com o barco ancorado num ponto ermo da floresta, à beira de uma praia exclusiva e algumas vezes até sem nome. Viva a experiência de uma imersão no seu tempo, fluindo no compasso dos rios.

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