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5 atividades variadas imperdíveis no Atacama

5 atividades variadas imperdíveis no Atacama

O Atacama é um compilado de muitas atividades num só lugar. A ideia é diversificar a cada dia para tentar contemplar as múltiplas facetas de um destino muito único. Preparamos não apenas dicas do que fazer, mas de contrastes interessantes no Atacama, para enriquecer ainda mais a sua viagem. Alguns desses passeios são exclusivos de alguns hotéis e operadoras, por isso é sempre importante verificar com seu guia quais são as expedições possíveis. Um bom planejamento aliado a um tanto de autoconhecimento e expertise do seu guia pode ajudá-lo a montar um roteiro progressivo no Atacama e transformar sua semana numa experiência monumental. 

1 – De vulcões áridos a lagoas com flamingos

Poucos cenários no planeta são tão secos quanto um vulcão. Acredite, ao vermos de longe não dá para imaginar que é um grande empilhado de pedras de todos os tamanhos onde, às vezes, crescem uma ou outra rasa vegetação. Dependendo da época podem ter neve em seu cume ou ao longo da subida. Os principais vulcões do Atacama – e objeto de desejo dos mais aventureiros – são o Licancabur (5.916m) e o Cerro Toco (5.604m) e realmente é preciso estar aclimatado à altitude não apenas para conseguir alcançar os cumes, mas para poder apreciar as vistas deslumbrantes. De nada adianta forçar a barra e chegar lá em cima cheio de mal-estar. 

Por outro lado, um dos mais belos cenários da região atende pelo nome de Salar do Atacama. Basicamente uma planície com amplas lagoas rasinhas onde bandos de flamingos vivem e se alimentam de pequenos crustáceos rosas que dão pigmentação às suas exuberantes plumagens. É um animal tão associado à África e tão distante do nosso dia a dia no Brasil, que apenas avistar e fotografar já pode ser uma vivência emocionante.  

2 – De dunas a gêiseres 

Dunas, taí uma coisa que aproxima o Atacama da ideia de deserto. Ainda no limite da região, próximo à cidade-estado de Copiapó, o chamado Mar de Dunas é uma das maiores zonas arenosas do Chile, com 335 km2

Esse canto do Atacama deve ser explorado em veículos 4×4, já que a areia solta pode ser perigosa até para os motoristas mais experientes. Quem gosta de aventura pode deslizar pelas encostas sobre pranchas de sandboard. E quando o pôr do sol chegar, há garantia de fotos com potencial de melhores da viagem. 

Por outro lado, os Gêiseres del Tatio – o terceiro maior campo do tipo no mundo – são um clássico para os visitantes do Atacama. Talvez seja o que demande acordar mais cedo, com saída ao redor das 4h da manhã. É um trajeto que costuma tomar cerca de 200 km ida e volta, ou seja, demanda um tempo extra de deslocamento. E por que despertar tão cedo? 

A explicação é que a temperatura mais fria do ar é que permite avistar com mais nitidez os poderosos vapores que emanam dos gêiseres. Frequentemente observados em regiões com alta atividade vulcânica, os gêiseres como pequenos vulcões com “espasmos” regulares de água quente expelida por uma fenda profunda. O fenômeno ocorre porque o calor da água quando em contato com o ar gelado gera colunas enormes de vapor, que podem alcançar mais de 15 metros de altura. Porém o mais comum é avistar pequenas cortinas e “arbustos” de fumaça. Há a opção de caminhar dali pelo chamado Vale do Río Blanco, pergunte no seu hotel. De brinde, você pode ganhar um dos amanheceres mais inesquecíveis da vida. 

3 – De cânions de sal a montanhas coloridas

Quando você achar que já viu de tudo, surpresa, o Atacama vai te deixar de queixo caído novamente. A Quebrada de Kari é um passeio pouco falado e um tanto restrito aos hóspedes de alguns hotéis – mais um motivo para escolher bem sua acomodação. Uma caminhada leve a partir do famoso Vale da Lua, sempre cheio de turistas, o leva a um ponto isolado. A partir dali você entra num grande cenário surreal em tons brancos, com cristais reluzentes de sal por toda parte. O pequeno vale se afunila num emaranhado de cânions onde você pode até provar sal e garantir fotos impressionantes. 

Se a Quebrada de Kari é puro branco, o Vale do Arco-Íris se destaca pela dimensão improvável de suas formações com diferentes tons de cores. Formadas por diferentes minerais, as falésias ganham essa variedade de tons e são uma fuga dos passeios mais concorridos. A apenas um hora de carro de San Pedro de Atacama, o vale está a 3.500 metros de altura, que não chega a ser das mais elevadas entre os tours do Atacama. Talvez seja uma boa opção de aclimatação, já que as caminhadas ali são bem curtas. 

4 – Do silêncio da noite ao agito da procissão 

Se você nunca ouviu falar: o Atacama é um dos melhores lugares do planeta para observação astronômica. Não à toa vários países mantêm observatórios na região. O ar seco, normalmente com poucas nuvens e a altitude criam essas condições muito particulares para avistar planetas, constelações, galáxias e, claro, estrelas cadentes. 

É possível encontrar tours até observatórios particulares e alguns hotéis, como o explora, têm um observatório próprio com um excelente telescópio eletrônico. O guia programa pelo computador, o aparelho roda e focaliza o astro desejado, cabendo a você só colocar o olho no visor para ter diante de si pérolas como Júpiter, Saturno e seus anéis perfeitinhos, a Lua ou a constelação de Andrômeda, por exemplo. Uma dica especial: vá muito bem agasalhado para aguentar o máximo de tempo possível ao ar livre à noite. Cada minuto a mais valerá a pena. 

Pelas manhãs, especialmente aos domingos, é possível encontrar na pequena cidade de San Pedro de Atacama algumas procissões com música e dança, que normalmente saem e retornam à icônica igreja de adobe que leva o nome do santo padroeiro local. O barulho do vento no alto das montanhas também é um belo contraponto ao silêncio das noites no entorno da cidade. 

5 – Do cavalo à bicicleta

De carro, a pé, de cavalo ou de bike, há várias formas de explorar o Atacama, tudo depende da atração planejada para o dia. Algumas são acessíveis por até mais de um meio de locomoção. Ou seja, sempre que escolher um passeio vale perguntar ao seu guia quais as formas de chegar até lá. 

Montar a cavalo pode ser a melhor opção para conhecer lugares como Tambo, Dunas de la Chula, Beter e Cornisas. Os cavalos estão acostumados com estes percursos, sempre na companhia de guias experientes. 

Já a bicicleta pode ser a alternativa certa para explorar Pukará de Quitor, ruínas a cerca de 3 km do centrinho de San Pedro ou o Valle de Catarpe, um pouco mais distante, com cerca de 23km de percurso total, mas muito impressionante. É um ótimo passeio para quebrar o gelo na chegada. Já o Valle de la Muerte, a 3 km de San Pedro, e a Librería del Deserto são um pouco mais exigentes e revelam cantos com paisagens mais complexas.

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