Após anos de trabalho e dúvidas dos pesquisadores – sobre a origem e a funcionalidade de estruturas de pedras remanescentes do império Inca no deserto do Atacama, no Chile – o mistério foi desvendado. A historiadora Cecilia Sanhueza, líder de uma equipe composta por arqueólogos, astrônomos e documentaristas, confirmou sua hipótese no amanhecer do dia 21 de março de 2017. Quando o sol despontou, veio a comprovação de que as pedras empilhadas, conhecidas como saywas funcionavam como uma espécie de calendário para os Incas há séculos.
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O que antes gerava curiosidade em turistas, nativos e pesquisadores, se tornou mais um marco da cultura inca. Quem passava e via as saywas indagava e formulava algumas teorias, entre elas – se aquilo servia como uma demarcação de território e fronteiras, entre outras hipóteses. O mistério foi desvendado após muito estudo e dedicação da doutora em história, Sanhueza. Que se especializou nos estudos sobre culturas indígenas do norte do Chile e, desde 2000, pesquisa o Caminho Inca, uma trilha que conectava todo o império.
A sombra que as estruturas de mais de 500 anos projetam ao nascer do sol permite identificar e prever eventos astronômicos, além de serem objetos curiosos e repletos de história por estarem empilhados em paisagens naturais únicas há séculos.
O deserto mais seco do mundo guarda em sua imensidão muito mais que belos visuais e um bioma único. O vento carrega e sopra para o horizonte vestígios e histórias de muitas vidas. O Atacama é um destino único que merece sua visita.
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