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TOP 4 Vinícolas para visitar em Mendoza

TOP 4 Vinícolas para visitar em Mendoza

Que Mendoza é a capital do vinho na Argentina todo mundo está cansado de saber. Visitas em vinícolas são paradas obrigatórias em qualquer roteiro. Ali costuma-se conhecer o processo de produção, visitar a cave, fazer uma degustação com ou sem refeição e terminar na lojinha. Mas como escolher sua parada em meio às mais de 1.000 vinícolas espalhadas pelos arredores da cidade do oeste do país? Nossos time anfitriões e guias especialistas selecionaram um conjunto de vinícolas especiais para você saborear o que de melhor os vinhedos de Mendoza produzem e envasam. Um brinde! Salud! 🍷

Matervini

Vinícola criada em 2008 pelos renomados enólogos Santiago Achával e Roberto Cipresso, a Matervini já nasce diferente. Embasada no conceito disruptivo de explorar as várias particularidades da uva malbec em vários pontos da Cordilheira dos Andes. 

Cada rótulo da vinícola é uma experimentação com uvas de vários terroirs, evidenciando como cada canto, conjunto de solo e clima resultam em produtos absolutamente distintos – e surpreendentes! 

A cada vinho degustado viaja-se pelo paladar. A jornada pode começar a partir dos produzidos em solos tradicionais mendocinos do Valle de Uco, com sabores e a personalidade de um terroir clássico e tradicional. Dali parte-se para o Valle de Canota, ainda em Mendoza, para concluir em terroirs mais intrigantes. 

Localizado em Salta, mais ao norte da Argentina, o Valle Calchaquíes fica na metade do caminho entre Cafayate e Molinos. Dali sai um vinho robusto que é uma preparação para os de alta altitude da região de Yacochuya, em Cafayate. 

Por fim, voltando em direção a Mendoza, em Piedras Viejas, na zona de El Challao, prove do primeiro vinhedo mendocino em uma encosta íngreme, com densidade de plantio de até 13 mil plantas por hectare, cultivadas a mais de 1.600 metros de altura. A enorme diversidade geológica em uma área tão pequena, com solos de pedra calcária e basáltica produz um resultado memorável para o paladar e o olfato. 

Bodega Lagarde

Modernidade e tradição são dois eixos principais que norteiam a Bodega Lagarde. Fundada em 1897, em Mendoza, foi adquirida em 1969 pela família Pescarmona, que imprimiu uma identidade de vinícola familiar produtora de vinhos de alta gama, tanto na Argentina como no resto do mundo. Hoje liderada pelas jovens Sofía e Lucila Pescarmona, da terceira geração da família, a vinícola se pauta em inovação. 

Tanto a tecnologia, que a permite praticar vitivinicultura de precisão, quanto a expertise prática adquiridas ao longo de décadas fazem destes vinhos absolutamente singulares. Segue firme no projeto de criar vinhos únicos que tenham um equilíbrio perfeito entre o passado e o futuro, com forte compromisso com a sustentabilidade e com o povo local. 

É inegável que um toque artístico e criativo por parte do enólogo Juan Roby permeia a produção e dá um ar de espetáculo ao processo. Isso fica claríssimo ao saborear o Henry, vinho ícone da Bodega Lagarde. Mas também com o Primeras Viñas, com grande potencial de guarda, cuja criação leva entre 16 e 18 meses em tonéis de carvalho francês, com produção anual de apenas 4 a 15 mil garrafas. Já o Altas Cumbres tem uma vocação mais de consumo regular, com presença forte de frutas e pouca madeira. 

Bodega Atamisque

“Atamisque” é um arbusto que cresce naturalmente ao redor da adega e deu origem ao nome da fazenda principal. Mas é igualmente o nome do vinho ícone desta bodega boutique, muito exclusiva, com hospedagem e campo de golfe. 

Chega-se por um bosque de álamos, árvore típica da Argentina, e a entrada principal fica atrás de um muro de pedra. O que o espera é um projeto sofisticado com uma filosofia sólida elaborada pelos proprietários John Du Monceau e sua esposa Chantal. 

Os vinhos têm origem em vinhas próprias nos 125 hectares plantados a 1.300 metros de altitude, mas também de pequenos viticultores de vinhas com 90 anos, de quem a Atamisque compra a colheita. Além do malbec clássico, o clima frio da região desenvolveu bem a chardonnay, sauvignon blanc, viognier, pinot noir, merlot, cabernet sauvignon, petit verdot e cabernet franc. 

Catalpa é a linha premium preparada com uvas de San José, da zona de Tupungato, a 1.300 metros acima do nível do mar. É envelhecido por 12 meses em barricas de carvalho francês ou 6 meses para o chardonnay. Já a Serbal é a linha de vinhos jovens e frutados da vinícola e homenageia uma árvore mágica da mitologia celta, com até 15 metros de altura, que cresce perfeitamente nas encostas das montanhas. 

Finca Piedra Infinita

“O vinho não é um negócio, é uma maneira de viver”, disse certa vez José Alberto Zuccardi, filho do fundador da vinícola Zuccardi, ao sommelier brasileiro Didu Russo. Isso fica muito nítido com os resultados recentes da Piedra Infinita, vinícola criada em Mendoza por Sebastián, neto do pioneiro. 

As primeiras videiras foram plantadas em 1963 e cada parcela de vinhedo tem suas particularidades, o que demanda vinificações diferentes e resulta, consequentemente, em malbecs singulares. Em novembro de 2019, vieram os frutos: o rótulo Zuccardi Finca Piedra Infinita 2016 conquistou 100 pontos da prestigiosa Robert Parker Wine Advocate. 

Os solos calcários da Paraje Altamira, onde está localizada a Finca Piedra Infinita, ficam no coração do rio Tunuyán e são uma das respostas para os resultados tão impressionantes. Nesta fazenda a viticultura é praticada executando-se cada tarefa do ciclo com muito esmero e dedicação. Tudo isso fica absurdamente claro numa visita com calma à vinícola.

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