Top 5: Animais do Pantanal

O Brasil é mundialmente famoso pela riqueza de sua flora e fauna, mas, por ser um país tão grande e diverso, cada região reserva experiências únicas e surpreendentes. Uma delas é o Pantanal, considerado um dos maiores santuários naturais do planeta — um destino imperdível para quem deseja explorar uma das áreas mais selvagens e bonitas do Brasil.

Antes de embarcar nessa aventura, é importante conhecer um pouco mais sobre essa região fascinante. Localizado principalmente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Pantanal é o maior bioma inundável do mundo. Com seus ciclos distintos de cheia e seca, oferece a oportunidade perfeita para observar, fotografar e admirar uma vida selvagem rica e exuberante.

Selecionamos os nossos “Top 5” animais pantaneiros, espécies icônicas que certamente tornam o lugar memorável.

Apresentamos aqui a nossa lista, mas como cada viajante tem seus favoritos e encontros únicos quais seriam os seus escolhidos para representar o Pantanal?

Sem mais delongas, confira os nossos BIG FIVE:

5. Tuiuiú

O quinto animal da nossa lista é o majestoso Tuiuiú, também conhecido como Jaburu. Com nome científico Jabiru mycteria, ele é uma das aves mais emblemáticas do Pantanal, sendo considerado seu símbolo oficial.

Com cerca de 1,6 metro de altura e uma incrível envergadura de asas que pode chegar a 2,80 metros, ele é facilmente reconhecido até mesmo à distância. Sua aparência é inconfundível: corpo predominantemente branco, cabeça e pescoço negros, e uma marcante faixa vermelha na base do pescoço. Ele também possui um bico preto, forte e robusto — perfeito para capturar suas presas.

Além de ser um símbolo de força e resistência, esses pássaros também têm corações apaixonados: formam casais monogâmicos que permanecem juntos por diversas temporadas reprodutivas. Constroem ninhos gigantescos com galhos, em árvores altas, que chegam a medir até 2 metros de diâmetro, reutilizando-os por vários anos.

Por fim, uma característica interessante do tuiuiú é sua habilidade para pescar e capturar outros pequenos animais aquáticos, como moluscos e anfíbios. Esse comportamento alimentar ajuda a manter o equilíbrio ecológico no Pantanal, garantindo a saúde do ecossistema.

4. Cervo-do-Pantanal

O nosso próximo selecionado é uma das joias da fauna sul-americana: o autêntico cervo-do-pantanal. Reconhecido como o maior cervídeo da América do Sul, este imponente animal pode atingir até 1,91 metro de comprimento e pesar cerca de 125 quilos. Os machos distinguem-se por suas galhadas ramificadas, que podem chegar a 60 centímetros de comprimento, enquanto as fêmeas, embora menores e sem galhadas, compartilham da mesma elegância.

Seu nome científico é Blastocerus dichotomus, mas ele é amplamente conhecido como cervo-do-Pantanal por conta de seu principal habitat. Embora também seja encontrado em outras regiões da América do Sul, o Pantanal oferece um bioma perfeito para a espécie. Suas longas pernas e cascos largos facilitam a locomoção em terrenos pantanosos e na natação. A pelagem varia de um tom avermelhado a castanho-ruivo, com patas e focinho escuros, proporcionando uma camuflagem eficaz entre a vegetação densa.

Falando um pouco sobre sua dieta: ela é composta por uma variedade de plantas aquáticas e terrestres, incluindo gramíneas e folhas de árvores. Ao se alimentar, o cervo-do-pantanal desempenha um papel crucial na dispersão de sementes, contribuindo para a manutenção e regeneração da biodiversidade.

3. Anta sul-americana

Nossa lista não estaria completa sem mencionar a imponente anta (Tapirus terrestris), o maior mamífero terrestre da América do Sul. Com até 300 quilos de peso e podendo atingir cerca de dois metros de comprimento, este animal é notável não apenas pelo seu tamanho, mas especialmente pelo curioso formato de seu focinho alongado, que o torna imediatamente reconhecível.

Outro fato interessante é que ela se alimenta de plantas terrestres e aquáticas, frutos, brotos e até mesmo cascas de árvores, sendo considerada uma das principais dispersoras de sementes. Dessa forma, assim como o cervo-do-pantanal, exerce um papel crucial na regeneração e manutenção da biodiversidade nas áreas em que vive.

Veja só uma curiosidade autêntica sobre esse animal: além de sua importância ecológica, a anta é uma excelente nadadora e possui um comportamento singular — costuma demarcar seu território defecando sempre no mesmo local, dentro da água.

Por mais que as antas habitem diferentes biomas brasileiros — como a Amazônia, o Pantanal, o Cerrado e a Mata Atlântica —, está cada vez mais difícil encontrá-las por uma série de motivos. O primeiro tem relação com sua característica reservada: elas preferem permanecer escondidas. Além disso, sua reprodução é lenta — a fêmea tem apenas um filhote por gestação, e ele permanece próximo à mãe até aproximadamente completar seu primeiro ano de vida. Por fim, a anta enfrenta ameaças constantes, incluindo perda de habitat e caça ilegal.

2. Tamanduá-bandeira

O próximo animal selecionado é igualmente fascinante: o peculiar tamanduá-bandeira. Quem tem a chance de observá-lo pela primeira vez pode se surpreender com sua aparência incomum. À distância, pode até ser difícil distinguir sua cabeça da cauda, graças ao formato singular de seu corpo. Mas basta um olhar mais atento para perceber que ele é um grandalhão tímido e tranquilão.

Seu nome científico é Myrmecophaga tridactyla. Porém, nosso amigo é mais conhecido como tamanduá-bandeira, por conta da aparência exuberante dos pelos de sua cauda, que lembra uma bandeira agitada ao vento.

Outra curiosidade interessante sobre o tamanduá-bandeira é que ele é um verdadeiro especialista em caçar insetos, especialmente formigas e cupins. Dotado de um longo focinho e de uma língua extremamente comprida e pegajosa, esse animal pode consumir até 35 mil bichinhos em um único dia.

Mas sua importância vai muito além desses fatos curiosos. Durante seu processo de alimentação, o tamanduá-bandeira contribui significativamente para a saúde ecológica dos habitats que ocupa, espalhando nutrientes e matéria orgânica pelo solo, favorecendo o crescimento das plantas e a diversidade local.

Apesar de ser difícil de avistar por conta de seu perfil mais reservado, o tamanduá-bandeira habita diversas regiões do Brasil. Sua presença é mais frequente em ambientes como o Cerrado e, especialmente, no Pantanal, onde as chances de observá-lo em seu habitat natural aumentam consideravelmente.

onça pantanal

1. Onça-pintada

Enfim, o primeiro animal da nossa lista não poderia ser outro: a famosa onça-pintada. Símbolo da fauna brasileira, esse impressionante animal é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo. Conhecida internacionalmente como “jaguar”, seu nome científico é Panthera onca.

Encontrar uma onça-pintada na natureza é uma experiência inesquecível e repleta de emoção — e o Pantanal é, certamente, o melhor destino para isso. Nas regiões próximas a Porto Jofre, esses animais estão cada vez mais habituados à presença humana, proporcionando encontros frequentes e memoráveis. Projetos como o Onçafari, em locais como o Refúgio Ecológico Caiman e a Pousada Trijunção, utilizam colares de monitoramento em alguns indivíduos que circulam livremente pela região, facilitando avistamentos e contribuindo para importantes estudos científicos sobre a espécie.

Além de sua formosura impressionante, a onça-pintada exerce um papel essencial no equilíbrio ecológico. Por ser um predador de topo, regula naturalmente a população de suas presas, abatendo preferencialmente indivíduos mais frágeis ou doentes. Esse controle natural ajuda a manter a saúde e a estabilidade do ecossistema como um todo.

Historicamente, a onça-pintada habitava uma extensa área que se estendia dos Estados Unidos até a Argentina. Hoje, devido ao avanço do desmatamento e à fragmentação do habitat, sua área de ocorrência foi reduzida a cerca da metade do território original.

E aí? Qual desses você está mais animado(a) para encontrar na sua viagem ao Pantanal?

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