FAUNA AMAZÔNICA
A Fauna Amazônica é uma das mais valiosas riquezas do Brasil. Nosso país é uma terra abençoada por diversos motivos, principalmente por abrigar a maior floresta tropical do mundo. Assim, não é por acaso que a Amazônia bate um recorde atrás do outro: são sete milhões de km², sendo cinco milhões e meio cobertos pela floresta tropical com a maior biodiversidade do mundo, que abriga espécies raras ou em extinção, além de ser um dos destinos que mais representam o Brasil pelo mundo afora.
Em 2008, a Floresta Amazônica foi pré-selecionada como candidata a uma das Novas 7 Maravilhas da Natureza e, em fevereiro de 2009, ela foi classificada em 1º lugar no grupo que representa as florestas e reservas naturais.
Quem vem para a Amazônia rapidamente se depara com toda a vida existente nesta imensa área verde. A rica fauna amazônica é composta por pássaros exóticos, mamíferos das mais variadas espécies, peixes gigantes, além de incontáveis espécies de répteis e insetos.
A seguir, conheça alguns animais que você poderá encontrar pelo caminho quando viajar pela Amazônia conosco.
Uacari-branco
Encontrado apenas em algumas partes da Amazônia, este macaco de rosto vermelho e pelo branco é capaz de saltar cerca de 30 metros ao passar de uma árvore a outra. O uacari-branco recebeu dos cientistas o nome Cacajao calvus calvus, já que a palavra “calvo” vem do latim calvus, que significa “sem cabelo”.
Além disso, falando mais sobre suas características, sabia que seu rosto vermelho é considerado um trunfo quando o uacari-branco precisa encontrar um par? Essa espécie vive em bandos compostos por até 50 animais e, na época de reprodução, nos meses de março e abril, quem tem o rosto mais vermelho chama a atenção e tem mais chance de encontrar um parceiro para ter filhotes. A cor vermelha do rosto é sinal de boa saúde. (Instituto Mamirauá)
Onça-pintada
Falar em Mata Atlântica sem citar a onça-pintada é o mesmo que ir à praia e não ver o mar. Na Amazônia, elas existem em menor quantidade que no Pantanal, devido à dificuldade de encontrar alimento por ali. Suas presas mais comuns são os animais jovens, idosos e doentes. As onças gostam de caçadas fáceis, contribuindo para o equilíbrio da floresta.
Contudo, ainda que benéficos para o equilíbrio da mata, esses felinos estão na lista de animais ameaçados de extinção, pois alguns fazendeiros costumam abatê-los para proteger seus rebanhos. Outro fator de risco para as onças é o desmatamento.
Peixe-boi-da-Amazônia
Os peixes-bois são da ordem dos sirênios, ou seja, mamíferos aquáticos herbívoros. “Sirênios” é um nome científico que remete diretamente à mitologia grega, pois acredita-se que a lenda das sereias possa ter origem na confusão dos marinheiros que avistaram peixes-bois e dugongos, mamíferos aquáticos com caudas e formas que lembravam parcialmente um corpo humano. Existem quatro espécies de peixe-boi no mundo, e uma delas vive apenas em água doce, por isso ela mora aqui no Brasil, mais especificamente na Amazônia. (WWF)
Boto
Além de famosos por fazer parte do folclore brasileiro, os botos são conhecidos por seu comportamento brincalhão, semelhante ao dos golfinhos. Eles se alimentam de peixes, lulas e crustáceos, que conseguem engolir sem mastigar.
Estes animais são ameaçados pela cultura local: os olhos dos botos são muito procurados para servir como amuleto de amor, pois as pessoas acreditam que quem possui um olho deles arranja namorado mais rápido.
Pirarucu
O pirarucu (Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de água doce do planeta. Seu comprimento, quando adulto, costuma variar de dois a três metros, e o peso, de 100 a 200 kg.
Nativo da Amazônia, ele promove benefícios para o ecossistema e comunidades que vivem da pesca. Um fato curioso sobre seu nome é que “pirarucu” vem de dois termos indígenas: pira, “peixe”, e urucum, “vermelho”, devido à cor de sua cauda. (WWF)

Foto: Anselmo D’Affonseca
Araçari-mulato
O araçari-mulato é da ordem Piciforme, que inclui animais de médias dimensões e habitantes do meio arbóreo. Além disso, essa ave faz parte da família Ramphastidae, pois é neotropical, ou seja, pode ser encontrada apenas nas Américas Central e do Sul. Os tucanos e araçaris também fazem parte desse grupo; porém, o araçari-mulato é considerado, por alguns especialistas, o mais bonito da família.
Ele pode ser encontrado na Amazônia brasileira ao sul dos rios Solimões e Madeira (Amazonas) e nos altos cursos dos rios Tapajós e Xingu (Mato Grosso). Também vive na Bolívia, Peru e Colômbia, na fronteira com o Brasil. (WikiAves)
Saí-andorinha
Com certeza, o saí-andorinha parece ter saído diretamente da tela de uma pintura. Ele faz parte da família Saíra, o que explica essa beleza toda, pois as aves deste grupo são conhecidas pelas suas cores vibrantes que parecem frutos de retoques artísticos. Fique esperto com as margens dos rios da Amazônia; lá é o lugar ideal para encontrá-lo e apreciar sua formosura..
Arara-Canindé
Se você nunca foi capaz de acreditar em amor, fique calmo; isso será resolvido agora. Esta ave é o símbolo da união perfeita! As araras-canindés – também conhecidas como araracanga, arara-vermelha, maracanã-guaçu ou maracanã-do-buriti – são daqueles animais verdadeiramente monogâmicos. Quando encontram seu par, ficam unidos até que a morte os separe e, quando tal fatalidade ocorre, o parceiro solitário pode até falecer de depressão.

Imagem: Cláudio Dias Timm
Jacaretinga
Quando pequenos, estes jacarés alimentam-se de insetos, sapos e outros animais menores. Já na vida adulta, costumam comer peixe. Para caçar seu alimento, eles agem de forma bastante preguiçosa: abrem a boca contra a correnteza, à espera de que algum peixe simplesmente caia na armadilha.
Harpia
Com aproximadamente dois metros de envergadura de asas abertas e com garras do mesmo tamanho das de um urso-pardo, a harpia, também conhecida como gavião-real, é considerada a ave carnívora mais poderosa do mundo. Mesmo com esse tamanho todo, ela voa de maneira tranquila e habilidosa entre as árvores da floresta. Quando fecha suas garras, é capaz de exercer uma força de até 50 kg, esmagando os ossos de preguiças, macacos e aves de médio porte.
Anta
Por fim, o maior mamífero da América do Sul pode ser encontrado em todo o Brasil, embora esteja quase extinta na Caatinga. A anta é uma excelente nadadora e mergulha rapidamente quando se sente ameaçada. Na Amazônia, ela visita saleiros naturais para conseguir os alimentos que não obtém em sua dieta de folhas e frutos.