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A Salta dos viajantes Clara e o Felipe

A Salta dos viajantes Clara e o Felipe

Não sei nem por onde começar, para melhor contar e compartilhar, da tamanha satisfação que foi fazer esse roteiro tão interessante, que vocês gentilmente nos proporcionaram. Então, talvez seja melhor começar do começo: saímos do Brasil, em pleno feriadão, exaustos da rotina de trabalho, deixando para trás nossa crise política/econômica e partimos rumo a Buenos Aires. Dali, outro voo para Salta e eis que teve início o encantamento… que, ao final da viagem, redundou na revigoração do corpo e do espírito.

Essa parte da Argentina, o norte, não é aquela tão conhecida por nosotros, como a da capital , dos tangos e da Recoleta. E descobrir Salta, com suas lindas paisagens naturais foi uma emoção nova. A região é rústica e guarda resquícios do passado histórico de seus ancestrais, com influência indígena e espanhola. O centrinho ainda é uma relíquia dos tempos antigos e parece que o povo gosta mesmo de promover esse passado. Entretanto, como Salta está na rota dos vinhos percebe-se evolução e modernidade, principalmente nas instalações das bodegas, que estão tecnologicamente aparelhadas, e também na parte turística de hotelaria.

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O hotel que ficamos, Patios de Cafayates, é um sonho, parece uma Hacienda, e tem arquitetura típica do colonial espanhol. Está localizado no meio de um vale e o cenário das montanhas em volta torna o ambiente muito acolhedor. Mais acolhedor ainda foi ser recebido pela fauna característica e, nesse momento, estou me referindo a lhamas que nos prestigiaram com suas ternas presenças, encenando pacificamente o papel de grandes anfitriãs. Vale destacar também o conforto das acomodações, o spa e a excelente comida, para gourmet nenhum botar defeito, harmonizando perfeitamente com os vinhos oferecidos. Patios de Cafayates é de uma hospitalidade envolvente e foi para nós uma descoberta encantadora!

Os dias foram aproveitados para descanso e para conhecer as bodegas locais, desde a El Esteco que é no próprio hotel até a Molinos e Piantelli, um pouco mais distantes. A degustação de vinhos foi nosso esporte predileto nesse período e pude aprender muita coisa sobre safras, tipos de uvas, fermentação e técnicas de plantio. Se bem entendi o que me ensinaram, o terroir da região é o mais apropriado para plantação de uvas. Ali cultivam-se as uvas torrontés, graças ao clima privilegiado que aliado com o solo apresenta os fatores ideais para a viticultura.

E em falando nelas, as grandes protagonistas deste espetáculo, os vinhedos são a flora que faltava para completar essa pintura que estou tentando exibir para vocês. No momento de nossa viagem estavam no período de rotação, mas nem por isso, as vinhas estavam menos belas. Não posso esquecer de mencionar também os imensos jardins de alfazema que estão por toda parte e dão leveza e frescor em toda essa visão inspiradora.

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Faltou comentar ainda sobre o passeio que fizemos na parte rochosa, das pedras vermelhas, que se diferenciam do habitual pelos acentuados desenhos que apresentam provenientes da erosão dos ventos.

Em uma época tão difícil e confusa como a que vivemos agora, viajar para Salta foi um bálsamo, afastando-nos de todos tipos de ruídos e aproximando nos da natureza. Além disso, captar as características das quais esse local está impregnado foi importante para entender a relação forte que existe do homem com o solo.

Todo esse passeio fez libertar nossa latinidade e amor pela América do Sul. Em fevereiro de 2016, estaremos juntos em Ushuaia e acho que vai ser muito bom continuar admirando essa natureza indomável…

Obrigada Auroraeco, Felipe e eu agradecemos a vocês por essa inspiração!!!

 

Clara Fagundes e Felipe Negrão

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