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Os 40 anos de Sofia Aranha na Chapada dos Veadeiros

A empresária Sofia Souza Aranha conta como foi sua viagem à Chapada dos Veadeiros, feita sob medida para comemorar o aniversário de 40 anos ao lado das melhores amigas:

“O que mais me atrai em viagens tailor made é que os roteiros não são convencionais. Os passeios são desenhados exclusivamente para uma pessoa ou para um grupo, atendendo às expectativas de quem vai fazer aquela jornada. Já fiz algumas viagens nesses moldes e cada vez gosto mais dessa exclusividade que elas proporcionam. Foi por isso que, em setembro do ano passado, decidi comemorar meus 40 anos com uma viagem muito especial, criada sob medida pela Auroraeco para mim e minhas melhores amigas – aquelas que me acompanham desde sempre.

Não queríamos um roteiro em que a gente tivesse muitas distrações, como compras ou badalações. Buscávamos um lugar em que os prazeres se resumissem a ficarmos ainda mais próximas para rememorar nossas histórias, tirarmos fotos e curtirmos a natureza, com caminhadas e banhos de cachoeiras. Por isso, essa minha experiência na Chapada dos Veadeiros, para onde decidimos ir, foi toda desenhada na forma de trekking.

E foi um desafio para o corpo (e a alma) ficar dias lá, enfrentando trajetos de até 4 horas, naquele clima seco e árido do cerrado, com altas temperaturas. Mas valeu. Foi tudo muito bom. Alguns passeios me deixaram muito impressionada. Um deles foi a visita ao Vale da Lua, trekking de 2 horas até o leito do Rio São Miguel.

O cenário é de arrepiar: no vale, você pode ver exuberantes rochas com as mais exóticas formas, esculpidas ao longo de milhares de anos pelas águas cristalinas. A força da água dá a essas rochas uns formatos indescritíveis, que nos remetem às paisagens lunares. Ali, podemos nadar em grutas e em pequenos espaços – quase como que uns buracos entre as rochas. As Cataratas dos Couros foi outro passeio que me deixou encantada.

Fizemos um trekking de 5 horas às margens do Rio dos Couros até o início das quedas, onde as águas despencam em várias etapas em um grande cânion com aproximadamente 300 metros de desnível, formando um festival de cachoeiras e piscinas naturais. O visual do conjunto das cascatas é belíssimo. Nadamos num paraíso, com direito a saltos de pedras na altura de quase 10 metros – e nem todas foram tão corajosas como eu.

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No Parque Nacional, fizemos um trekking de 12 quilômetros pela trilha que nos levou aos Saltos do Rio Preto. A primeira queda, que só pode ser observada de longe, de um mirante, tem 120 metros e o visual é inesquecível, tanto é que se tornou cartão-postal da Chapada. Em seguida, continuando pela trilha, chegamos a um salto de 80 metros que, embaixo, possui uma grande piscina.

Foi uma experiência única: nunca mais vai sair da minha memória ter tido a chance de nadar nesse lugar tão especial. Na Vila de São Jorge há poucas opções para comer. Entre elas, o tradicional bar do Valtinho, que todos conhecem, e o restaurante da Dona Odete. Nos dois, a comida caseira, apesar de simples, é gostosa. A Chapada dos Veadeiros não tem nenhum prato típico local, mas tem um salgadinho fantástico, o Gergeliko, que só existe nessa região de Goiás.

Produzido em Alto Paraíso, esse aperitivo semiartesanal é feito à base de gergelim orgânico plantado ali mesmo, na Chapada dos Veadeiros. Não deixe de prová-lo. Assim como você não pode deixar de provar o sorvete de açaí, fácil de encontrar nas ruas de São Jorge, onde é vendido. Gostoso e bem saudável.

Em Alto Paraíso tem duas ótimas diversões. Uma delas é a Pizzaria Alquimia, que oferece um show de música ao vivo com Alex Sanderson, cantor paulista que, para mim, é um dos melhores que já ouvi: jamais vou esquecê-lo. Outra opção para quem ama dançar é o Forró da Lua, a alguns quilômetros fora da cidade (vá de carro), com banda ao vivo. O lugar só é frequentado por quem mora na cidade. E é, sem dúvida, um dos programas mais animados para fazer à noite.

A viagem à Chapada dos Veadeiros me encantou pela variedade e pela quantidade de trekkings que podem ser feitos em cenários estonteantes. É impressionante o volume de água que surge nas mais diversas quedas, saltos e cachoeiras bem no meio de uma região de cerrado, com clima seco e árido. A energia e a beleza dessa região despertaram uma vontade ainda maior de explorar o Brasil.”

O que levar para essa viagem? Sofia dá as dicas:

“Na sua mala para a Chapada dos Veadeiros você não pode esquecer-se de levar os seguintes itens: um bom tênis de trekking, forte para enfrentar solos de pedras; shorts, bermudas e camisetas dry fit, que secam rápido; óculos de sol; bonés; uma mochila bem confortável com garrafa d’água; um agasalho e uma boa máquina fotográfica para tirar fotos da maravilhosa paisagem local.”

*Texto originalmente publicado na edição 57 da revista Host & Travel. Para ler matérias similares, torne-se assinante da revista sem custo algum.

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