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Beatriz Bracher e J.P. Cuenca no Navegar 2017

Beatriz Bracher e J.P. Cuenca no Navegar 2017

De estilos, trajetórias e atuações distintas na literatura e no mercado editorial, os escritores Beatriz Bracher e João Paulo Cuenca confirmam suas bem-vindas presenças e aderem ao grupo de autores e artistas que embarcam como convidados especiais da Livraria da Vila e da Auroraeco na aventura da 7ª edição do Navegar é Preciso. A viagem acontece este ano entre os dias 1 e 5 de maio e os nomes dos convidados são a melhor referência da diversidade do projeto, que junta turismo e literatura.

Beatriz e Cuenca embarcam com os escritores Ziraldo, Marcia Tiburi e Monja Cohen, o jornalista Mario Prata e o músico Chico César no navio Grand Amazon para cinco dias de conversas sobre arte e criação literária e para muitos passeios no entorno do Rio Negro, partindo de Manaus. Para os interessados em participar do projeto, a agência de viagens Auroraeco já disponibiliza reservas para o programa.

Beatriz Bracher, que estreou na literatura em 2002, é autora de vários livros, entre eles Anatomia do paraíso (Editora 34), que traz a história de Félix, um jovem estudante que escreve uma dissertação de mestrado sobre o Paraíso perdido (1667), poema épico de John Milton que narra a queda do homem e a expulsão de Adão e Eva do Paraíso. Numa trama que se passa em vários planos, com alta carga dramática e narrativa vertiginosa, sexo, violência, pecado, culpa, traição, morte e redenção vão marcando as experiências dos personagens envolvidos na história.

Além de autora, Beatriz Bracher conhece profundamente o mercado editorial. Ela foi editora da revista 34 Letras, de literatura e filosofia, e uma das fundadoras da Editora 34. Em 2009, lançou seu primeiro livro de contos, Meu amor, vencedor do Prêmio Clarice Lispector, da Biblioteca Nacional.

J.P. Cuenca

J.P. Cuenca

Na Flip do ano passado, o carioca J.P. Cuenca voltou à Tenda dos Autores para falar do seu livro mais recente Descobri que estava morto (Planeta), que também originou um filme dirigido pelo autor. O livro, lançado primeiro em Portugal e só depois no Brasil, é inspirado em um episódio que aconteceu em 2011, quando Cuenca estranhamente recebeu a notícia de que estava morto porque um cadáver foi identificado com a certidão de nascimento do escritor num edifício invadido no bairro carioca da Lapa. Foi a situação que gerou a investigação real que deu origem ao livro.

Cuenca publicou seu primeiro romance, Corpo presente, em 2003. A Companhia das Letras reeditou o livro uma década depois, em 2013. Em 2007, o escritor publicou O dia Mastroianni (Agir) e em 2010 lançou O único final feliz para uma história de amor é um acidente (Companhia das Letras), ambos traduzidos para vários idiomas. Cuenca integra o grupo de autores brasileiros de destaque selecionados pela revista literária Granta em 2012.

Chico César

Chico César

Os autores que viajam em 2017 passam a integrar uma galeria de nomes que é o maior orgulho do Navegar. Desde a sua primeira edição, o projeto já teve participações de nomes como Alejandro Zambra, Affonso Romano de Sant’Anna, Marina Colasanti, Frei Betto, Laurentino Gomes, Mary Del Priore, Edney Silvestre, Ignácio de Loyola Brandão, Nilton Bonder, Noemi Jaffe, Raphael Montes, Ilko Minev, Valter Hugo Mãe, Cristovão Tezza, Cadão Volpato, Xico Sá, José Eduardo Agualusa, Ilan Brenman, Marcelino Freire, Reinaldo Moraes, Humberto Werneck e artistas como a cantora Marina de la Riva, o cantor Zeca Baleiro ou grupos musicais como Mawaca, Projeto Coisa Fina e Barbatuques.

“O que há de especial nessa viagem é a forma com que vários aspectos da vida se relacionam ali, produzindo insights, percepções novas. Literatura, ecologia, arte, poesia, música, gastronomia, cultura, tudo interligado de uma forma muito intensa. Uma semana vale por um ano. Floresta e cidade. Um encontro, uma descoberta. Nossa solidão benéfica, refletida em lucidez, sabedoria, aprendizado. Pontes se erguem. Amizades se fazem. Questões do mundo contemporâneo em debate sobre as águas. É lindo. Iria tantas vezes quantas fossem possíveis”, disse Clarice Niskier, outra entusiasta do projeto do qual já participou algumas vezes.

Grand Amazon

O Grand Amazon, onde acontece a viagem, é uma embarcação que tem três decks com suítes, todas equipadas com ar-condicionado e varanda privativa, duas opções de restaurante, piscina e uma academia. Flexível, a programação normalmente inclui dois encontros literários por dia – um na parte da manhã e outro na parte da tarde. Entre uma conversa e outra, há passeios com caminhada da mata, banho com botos-cor-de-rosa, focagem noturna de fauna noturna – para ver aves, jacarés e alguns mamíferos – e passeios de lancha por igarapés, entre outras atrações.

 

A Viagem

O que: Navegar é Preciso 2017, com participações dos escritores Beatriz Bracher, J.P. Cuenca, Ziraldo, Marcia Tiburi, Mario Prata, Monja Cohen, e do cantor Chico César.
Quando: entre 1 e 5 de maio de 2017
Onde: Rio Negro, Amazônia, saindo de Manaus
Reservas e outras informações: reservas@auroraeco.com.br, (11) 3086-1731 ou pelo formulário do site.

 

* Texto originalmente publicado na edição 153 da revista Vila Cultural, da Livraria da Vila.
** Texto editado em virtude de recentes alterações no quadro de convidados.

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